É estranho contar com letras, e não pílulas para chegar ao bem estar. É estranho pensar que o que procuramos lá fora pode estar em nosso interior, aguardando ser desenterrado.

Escrever sobre si mesmo é mapear o seu interior. É fazer cartografia interna para conhecer todos os nossos cantos e quinas. Escrever cura as feridas mais incuráveis. Dores se dissolvem nas margens,  identidades se fortalecem entre linhas. De palavra em palavra, enquanto desenhamos letras no papel, dores diminuem até sumir.

Escrever cura.

Escrever também muda o passado, enriquece o presente e inspira o futuro. Além disso, exerce poder sobre nossos sentimentos, e determina em grande parte os próximos passos que damos.

Há verdades sobre nós que não ousamos falar. Há situações que não contamos a ninguém,  culpas que nunca admitimos, situações em que magoamos e fomos magoados, e um mundo de sentidos que não sabemos expressar. Escrever é uma maneira de colocar para fora o que nem sempre conseguimos expressar.

Não importa se você está ansioso, sentindo-se bloqueado, deprimido, desanimado. Não importa se você nunca escreveu, se acha que não tem criatividade, que não consegue ou que sua voz interior não existe.

Ela existe, e é com a sua caneta que você vai libertá-la.